terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Caldeirão das CEBs

É O NOME DA GRANDE PLENÁRIA DO 13º

Durante os últimos Intereclesiais de CEBs a dinâmica vem sendo um dos fatores responsáveis pelo o êxito na transmissão da mensagem do Cristo Libertador.
No rol de ações, a inculturação e o ecumenismo são assuntos que permeiam constantemente os encontros das CEBs Brasil a fora. A introdução da vida do povo nas liturgias e no processo organizacional do Intereclesial, vem sendo para a diocese Anfitriã, Crato, um trabalho de profunda dedicação, pois concentram-se em seu entorno a força de uma religiosidade popular, expressa através das romarias, que segundo Irmã Anette, só é compreendida por um olhar apurado do espaço e de espacialidade, que revela algo que não se confunde com alienação religiosa ou com práticas extremamente devocionais e supérfluas.
Foi sobre a compreensão da vertente sociocultural, religiosa e ecumênica que a Ampliada escolheu os nomes dos locais onde acontecerão os momentos de encontros do 13º Intereclesial no Crato. O local da grande plenária será ‘Caldeirão das CEBs’, aludindo a história da Comunidade do Caldeirão do Beato Zé Lourenço. ‘
Rancho’ (escolas, ginásios etc.) será o local das mini-plenárias. Rancho é o local onde os romeiros ficam hospedados nos tempos de romarias em Juazeiro.
‘Chapéu’ (salas) foi o nome escolhido para os locais onde pequenos grupos se reunirão para discutirem e trabalharem os assuntos sugeridos durante o encontro.

AMPLIADA DAS CEBs VISITA ASSARÉ DO PATATIVA

Posted: 07 Feb 2011 02:55 PM PST
A tarde do dia 29 de janeiro foi bem diferente para a Ampliada das CEBs. Logo após o almoço, a Ampliada partiu em direção a Assaré do Patativa.
Na chegada a Assaré, a Ampliada foi recepcionada pela banda de música Manoel da Benta. Para alguns, algo muito significativo, por ser a primeira vez a serem recepcionados por uma banda de música.
No auditório D. Belinha Cidrão mais uma acolhida cultural, com os cantos e poesias dos mestres Miceno Pereira( repentista) e Chico Paes (Harmônica de oito baixos)

A passagem por Assaré, que tem por objetivo a preservação da memória cultural, fez a Ampliada pensar melhor no que propôs o poeta popular, Zé Vicente, em sua fala no dia 28. Zé Vicente desafiou a Ampliada com a proposta de criação de um centro de acolhida e irradiação das diversas expressões artísticas vividas pelas comunidades.

Fonte: CEBs Comunica



A ESPACILAIDADE MISTICA DAS ROMARIAS - 2º Ampliada das CEBs Rumo ao 13º

Durante a realização da II Ampliada das CEBs, na diocese do Crato, de 26 a 30 de janeiro, Ir. Annette Dumoulin, foi convidada para falar sobre a Religiosidade Popular e Romarias em Juazeiro do Norte. Sua fala é pautada nos 35 anos de convivência com os romeiros.

Segundo Dumoulin, só é possível entender o romeiro se formos capazes de entender a sua espacialidade. Para o romeiro, diz ela, um metro quadrado significa mais do que um metro quadrado. "O romeiro transforma, organiza e vive o espaço em dimensões religiosas, numa espacialidade mística, uma grande liturgia."

Ao contrário do que se pensa, diz Dumoulin, a romaria não é fuga da realidade diária, mas procura de sentidos, restabelecimento da esperança para viver melhor esta realidade. "Na hora da romaria, o peregrino deixa seu centro de referência costumeiro e caminha em direção a outro centro, onde ele projeta valores, desejos, sonhos que motivam a sua peregrinação na terra, conclui Ir. Annette".

Fonte: CEBs Comunica

CARTA DA SEGUNDA AMPLIADA DAS CEBs (COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE) RUMO AO 13 INTERECLESIAL

CARTA DA SEGUNDA AMPLIADA DAS CEBs (COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE) RUMO AO 13 INTERECLESIAL
“Os pés dos romeiros são como lápis. Nós pobres, somos de poucas letras. Mas a gente também escreve com os pés. Só que pra ler essa escrita precisa de conhecer os chãos da vida e das estradas duras. E é preciso curtir o couro dos pés. Pezinhos de pele fina não deixam quase nada escrito nos caminhos da vida”.
(Depoimento de um romeiro)
Irmãs e irmãos das CEBs do Brasil, Paz e Bem!
Nas terras do sertão do Cariri na cidade do Crato, os 17 regionais da CNBB, assessores, representante do CIMI, equipes de serviço, D. Adriano Ciocca - bispo referencial nacional das CEBs, Dom Fernando Panico, bispo do Crato, fomos acolhidos/as pela Diocese do Crato, anfitriã do 13º Intereclesial para a segunda ampliada das CEBs.
Iniciamos nossa reunião com a celebração do Ofício Divino das Comunidades e apresentação dos regionais, onde constatamos uma imensa alegria pela presença nesta ampliada. Em seguida tivemos uma análise de conjuntura sócio-politico-econômica animada pelo Pe. Manfredo Oliveira. Ele nos propôs 4 pontos: 1) situar o Brasil no mundo hoje; 2) quais os desafios; 3) como saímos das eleições; 4) o nascimento da nova classe média como preocupação para as CEBs. Pe. Manfredo nos alertou que há uma nova configuração do capitalismo rumo ao uma civilização técnico-científica, um novo modo de interpretar a vida e o próprio ser. E ainda que há um agente político novo, o conservadorismo religioso na política. Dessa conversa fica o desafio para nossas comunidades de como, diante dessa nova classe média, surgida dos projetos sociais do governo Lula, pensar um projeto de sociedade que não passe pelo neodesenvolvimentismo e pelo consumismo.
Na segunda parte do primeiro dia ouvimos Ir. Anette que nos falou sobre o tema “Religiosidade Popular e Romarias em Juazeiro do Norte”. Destacou que a romaria é sempre um ato de penitencia que dá sentido ao sofrimento do romeiro. Salientou ainda que a romaria é sempre animada por leigos/as e que os romeiros/as criam sua própria liturgia nos caminhos de Juazeiro. Lembrou que somos a religião do Caminho. Jesus disse: “Eu sou o Caminho”. Neste sentido os romeiros dão continuidade a esta tradição cristã.
Fizemos um trabalho por grande região onde retomamos a análise de conjuntura, estudando também um texto orientador sobre cristianismo de libertação. A plenária mostrou grandes preocupações das CEBs rumo ao 13º: ecumenismo nos intereclesiais, a discussão sobre o mundo urbano, a nova fala profética das CEBs na pós-modernidade, a ausência das bandeiras de luta, a militância político-partidária, a questão de gênero, a pouca presença da juventude nas CEBs, etc.
O segundo dia teve seu início com uma bonita celebração eucarística, onde colocamos no altar do Senhor nossos anseios por um mundo novo e a comunhão entre os diversos regionais na partilha da amizade e do pão eucarístico. Discutimos o texto-base, recolocando-o como um importante instrumento para estudo nas comunidades e campo de pesquisa para estudiosos que se interessam pela nossa caminhada. Vimos o Plano Pastoral da Diocese do Crato, rumo ao Intereclesial e ao centenário da diocese em 2014.
Zé Vicente, poeta popular cujas canções têm embalado nossa caminhada, nos propôs uma reflexão sobre a arte na vida das CEBs.  Deixou-nos o desafio de pensar melhor nossas expressões artísticas sejam na culinária, nas canções, nas vestimentas, cartazes, poesias, etc. Ficamos com a questão: porque não criar um centro de acolhida e irradiação dessas diversas expressões artísticas que esteja sob a coordenação da própria organização das CEBs? Escolhemos o cartaz que divulgará o intereclesial em todo o Brasil e América Latina.
Tivemos uma bonita confraternização que expressou a cultura local e muito nos animou. No último dia de nosso encontro, foi alertado sobre a necessidade de continuarmos a discussão sobre a nossa relação com o Conselho Nacional de Leigos. A Ampliada decidiu realizar uma discussão mais aprofundada sobre a sua identidade e papel. Foi proposta a data de 23 a 29/01/12 para a realização do seminário e da 3ª Ampliada, partindo das reflexões feitas nos regionais. Tendo em vista os 100 anos da Diocese de Crato em 20 de outubro de 2014, decidimos mudar a data do 13º Intereclesial para os dias 07 a 11 de janeiro dando início ao ano de celebração do centenário. Solidários/as às vítimas das chuvas em todo o Brasil e em especial com as pessoas da cidade do Crato, que também sofreram com as fortes chuvas caídas durante nosso encontro, nos despedimos na certeza de que o Senhor que é nosso Caminho, continua conosco na caminhada de “Romeiros/as do Reino no campo e na cidade”.  

sábado, 29 de janeiro de 2011

2° Dia da II Ampliada Nacional das CEBs rumo ao 13º


A celebração eucarística marcou o inicio das atividades do terceiro dia da Ampliada Nacional das CEBs que está acontecendo na diocese de Crato, Ce.
A equipe do secretariado apresentou uma proposta para elaboração do texto base do Intereclesial contendo a metodologia do Ver, Julgar e Agir, sugerindo artigos escritos por várias personalidades relacionadas com os trabalhos das CEBs, contemplado assuntos de grande relevância e de consonância com o tema e o lema do evento.

O cantor e poeta Zé Vicente, no período da tarde dissertou sobre a importância da arte na nas comunidades e apresentou uma proposta de construção de um projeto sobre “Arte nas CEBs”, para ser trabalhado de forma permanente.

Trata-se de um conjunto de ações que visam o resgate da memória das CEBs e dinamização das mesmas através da pluralidade artística, a produção de novas músicas, a valorização do artista da caminhada dentre outros pontos.

No final da tarde os membros da Ampliada elegeram o cartaz do 13º Intereclesial e durante a noite participaram da confraternização com comidas típicas, apresentações artísticas culturais e o tradicional forró pé de serra.

Fonte: Secretariado do 13º Intereclesial

CEBs e pequenas comunidades eclesiais

As Comunidades Eclesiais de Base, popularmente denominada CEBs, junto com pequenas comunidades cristãs têm tido, especialmente em alguns lugares, um
providencial florescimento, nos últimos anos, dando uma nova dinâmica para as paróquias e igrejas particulares com sua riqueza carismática, educadora e evangelizadora (cf. DAp, n. 99 e).

Para estudar este tema, à Luz de Aparecida, convidamos o Padre José Marins, como guia, que, durante décadas, vem percorrendo o continente, levando sua equipe de colaboradores, esta tocha da conformação da CEBs como expressão eclesial básica, "A Igreja que se reúne na casa", inspirada nas primeiras comunidades do Novo Testamento.
Aparecida destaca na linha de Medellín, Puebla e Santo Domingo, "que as Comunidades Eclesiais de Base têm sido escolas que têm ajudado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e missionárias do Senhor, como o testemunha a entrega generosa, até derramar o sangue, de muitos de seus membros". (DAp. n. 178).
Sem dúvida, essas comunidades eclesiais facilitam o acesso à Palavra de Deus, ao compromisso social, em nome do Evangelho, ao aparecimento de novos serviços leigos e a educação da fé dos adultos (cf. DPb, n. 629).
Finalmente, deve-se levar em conta que a CEBs e as pequenas comunidades eclesiais, "desenvolvem seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e mais distantes e sua expressão visível da opção preferencial pelos pobres" (DAp, n. 179), isto faz com que se convertam em um ponto de partida válido para a Missão Continental permanente.
Dom Víctor Sánchez Espinosa
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de México
Secretário Geral do CELAM

Igreja, Comunidade de Comunidades - Experiências e Avanços




Apresentação: Na esteira de Aparecida, concretamente, no contexto deste tempo de recepção de suas conclusões, está a realização do Seminário – Igreja comunidade de comunidades, Experiências e avanços -, promovido pelo Instituto Nacional de Pastoral, da CNBB, de 27 a 30 de agosto de 2008, no Centro de Pastoral Santa Fé, São Paulo/SP. O imperativo de uma Igreja “comunidade de comunidades” é decorrência da convocação da Quinta Conferência em nos colocarmos todos “em estado permanente de missão”, no seio de comunidades eclesiais de tamanho humano, constituídas de discípulos missionários que tenham realizado um encontro pessoal com Jesus Cristo.

Quatro objetivos nortearam a busca dos resultados projetados para o seminário: a) Favorecer uma refl exão crítica a partir da experiência pastoral dos participantes, sobre o que signifi ca ser Igreja-comunidade, hoje, num mundo fragmentado e competitivo; b) Refl etir, teórica e praticamente, sobre os elementos da estrutura eclesial que impedem ou possibilitam ser Igreja-comunidade, em um contexto de profundas mudanças; c) Repensar, comunitariamente, a necessidade urgente de “conversão pastoral” e “renovação institucional”, para que, à luz do Documento de Aparecida, se dê novo impulso ao compromisso evangélico de ser Igreja-comunidade; d) Fortalecer, entre os participantes, a experiência de diálogo e comunicação que valorize as práticas, canais e instrumentos de organização das Igrejas Locais como espaços de realização da Igreja-comunidade.

A riqueza do Seminário, sem dúvida, esteve em seus integrantes. Participaram do evento 234 pessoas, dentre elas, 117 coordenadores diocesanos de pastoral, trazendo a vida das Igrejas Locais e, ao mesmo tempo, levando luzes para o exercício deste importante ministério na Igreja. Estiveram representadas 164 dioceses, de todas as regiões do país, o que permitiu ter um retrato da situação da Igreja no Brasil e reunir buscas múltiplas, seja no plano da refl exão, seja no campo de experiências inovadoras.



Apresentação:
Na esteira de Aparecida, concretamente, no contexto deste tempo de recepção de suas conclusões, está a realização do Seminário – Igreja comunidade de comunidades, Experiências e avanços -, promovido pelo Instituto Nacional de Pastoral, da CNBB, de 27 a 30 de agosto de 2008, no Centro de Pastoral Santa Fé, São Paulo/SP. O imperativo de uma Igreja “comunidade de comunidades” é decorrência da convocação da Quinta Conferência em nos colocarmos todos “em estado permanente de missão”, no seio de comunidades eclesiais de tamanho humano, constituídas de discípulos missionários que tenham realizado um encontro pessoal com Jesus Cristo.

Quatro objetivos nortearam a busca dos resultados projetados para o seminário: a) Favorecer uma refl exão crítica a partir da experiência pastoral dos participantes, sobre o que signifi ca ser Igreja-comunidade, hoje, num mundo fragmentado e competitivo; b) Refl etir, teórica e praticamente, sobre os elementos da estrutura eclesial que impedem ou possibilitam ser Igreja-comunidade, em um contexto de profundas mudanças; c) Repensar, comunitariamente, a necessidade urgente de “conversão pastoral” e “renovação institucional”, para que, à luz do Documento de Aparecida, se dê novo impulso ao compromisso evangélico de ser Igreja-comunidade; d) Fortalecer, entre os participantes, a experiência de diálogo e comunicação que valorize as práticas, canais e instrumentos de organização das Igrejas Locais como espaços de realização da Igreja-comunidade.

A riqueza do Seminário, sem dúvida, esteve em seus integrantes. Participaram do evento 234 pessoas, dentre elas, 117 coordenadores diocesanos de pastoral, trazendo a vida das Igrejas Locais e, ao mesmo tempo, levando luzes para o exercício deste importante ministério na Igreja. Estiveram representadas 164 dioceses, de todas as regiões do país, o que permitiu ter um retrato da situação da Igreja no Brasil e reunir buscas múltiplas, seja no plano da refl exão, seja no campo de experiências inovadoras.