terça-feira, 30 de novembro de 2010

CEBs Itabuna - Bahia , realiza encontro

Coordenação Diocesana de CEBs realiza encontro 

                                                           em preparação ao 6º Nordestão.





“Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinárias” (provérbio africano proferido por dom Moacyr Grechi, bispo de Porto Velho, na abertura do 12º Intereclesial das CEBs ).

A Coordenação Diocesana das CEBs realizou no dia 28 de novembro de 2010, no salão paroquial da Igreja Santa Rita de Cássia, Itabuna – Bahia, encontro de estudo em preparação para o 6º Nordestão das CEBs a ser realizado na Diocese de Itabuna, em julho de 2012.

O encontro foi assessorado pelo missionário leigo, Haroldo Heleno, membro do Conselho Indigenista Missionário e atual coordenador de pastoral da Paróquia Santa Rita de Cássia, e teve a participação de  mais ou menos 20 representantes das Paróquias: Santa Rita, Goretti, Piedade, Bomfim, Aparecida e São Sebastião de Camacan, contou ainda com a participação de representantes da Comissão Pastoral da Terra, Associação para  o Resgate  Social Camacaense, do Pe. José Roberto, coordenador diocesano de Pastoral e do Frei Genilton, vice coordenador regional das CEBs e assessor espiritual da mesma.

Haroldo Heleno, trabalhou a sua reflexão em cima dos documentos da igreja, em especial o documento 25 da CNBB: “Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil”, utilizou também citações do Documento de Aparecida. Motivou a todos e a todas com o texto: “Mensagem ao povo de Deus sobre as Comunidades Eclesiais de Base”, publicado no dia 12 de maio deste ano quando da realização da 48º Assembléia Geral da CNBB.

Após um breve histórico da caminhada das CEBs no Brasil, seus aspectos estruturais, seu rosto e a sua identidade, Heleno abordou trechos da Mensagem dos Bispos ao povo de Deus, destacando alguns pontos, entre estes: “As comunidades Eclesiais de Base, constituem “em nosso país, uma realidade que expressa um dos traços mais dinâmicos da vida da Igreja” e para reforçar ainda mais esta afirmação sobre a importância das CEBs, ele destacou a fala dos Bispos no documento 25: “Quremos reafirmar que elas continuam sendo um “sinal de vitalidade da Igreja”. E destacava aspectos importantes  na vivência das CEBs: “Os discípulos e as discípulas de Cristo nelas se reúnem para uma atenta escuta da Palavra de Deus, para a busca de relações mais fraternas, para celebrar os mistérios cristãos em sua vida e para assumir  o compromisso de transformação da sociedade...”

Em seguida abordou os desafios postos as CEBs nos dias de hoje, em especial o processo de globalização, que atendendo a vontade do mercado exclui as pessoas, agride e depreda o meio ambiente, fere a dignidade humana, a medida que ela avança, destroi as relações de cooperação e solidariedade e introduz relações de competição nas quais o mais forte  é quem sempre leva vantagem. Portanto é preciso valorizar, resgatar, implantar as experiências de socialbilidade, relações fundadas na gratuidade, na partilha, na solidariedade, na justiça, caracteristicas comuns as CEBs.

Outros pontos importante da Mensagem ao povo de Deus foram sendo pontuados e trabalhados pelo assessor: A espiritualidade e a vivência eucarística das CEBs, tendo a Eucaristia no centro da vida de nossas comunidades de base. É o sacramento que expressa comunhão e participação de todos e todas, como numa grande família, ao redor da Mesa do Pai. A acolhida da Palavra de Deus e a vivência comunitária da fé são indissociáveis nas CEBs.

A Bíblia faz parte do dia-a-dia da comunidade, estando presente nos grupos e pastorais, nas liturgias e na formação, na reza e nas ações que visam superar as desigualdades e injustiças da sociedade brasileira; Alimentadas pela Palavra de Deus e pela vivência de comunhão, as CEBs promovem solidariedade e serviço. Reunindo pessoas humildes, as CEBs ajudam a Igreja a estar mais comprometida com a vida e o sofrimento dos pobres, como fez Jesus. Elas manifestam, mais claramente, que “o serviço dos pobres é medida privilegiada, embora não exclusiva, do seguimento de Cristo”. E assim Haroldo Heleno foi trabalhando a reflexão sobre as CEBs, sempre usando exemplos vivenciados em nossa Diocese.

Em seguida a explanação do Assessor a plenária fez diversas intervenções sobre a mensagem dos Bispos, bem como sobre a preparação para a realização do 6º Nordestão: Tais como, a necessidade de repasse desta reflexão para um número bem maior de pessoas na Diocese, no sentido de envolver ainda mais as comunidades nesta preapração/caminhada; Aproveitar todos os espaços, encontros, eventos, para divulgar e motivar a todos a se envolverem nesta bonita e cativante jornada; Tentar diagnosticar comunidades que tenham seu “modo operantis” de CEBs mas não se identificam como tal, para fazer com que se envolva mais e se fortaleçam com esta experiência; 

Tentar escolher um representante por Paróquia (nem que seja só no Vicariato centro) para começar a  participar desta preparação; Iniciar desde já um fraternal diálogo com os Padres no sentido de sensibilizá-los para esta causa; Lembrar a todos que a realização deste evento em nossa Diocese será parte integrante da nossa caminhada jubiliar na celebração do nosso Ano Missionário. Tentar estabelecer desde cedo as comissões rsponsaveis pelas diversas funções que envolvem um evento deste porte; Foi lembrado a aceitação de Dom Ceslau a proposta da realização do evento e o apoio das pastorais sociais, bem como o apoio expressado pelo Bispo Diocesano de Ilheus Dom Mauro e por Dom Ricardo Brusati de Caitité e referencial no Regional Nordeste III das CEBs para a realização do 6º Nordestão.

Para finalizar o encontro, antes do almoço partilhado, foi exibido o filme: “Dom Helder Câmara, o Santo Rebelde”. Se lembrou que no próximo dia 04 de dezembro haverá reunião da Comissão de preparação do 6º Nordestão, na Paróquia Santa Rita de Cássia.

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